Como todos os anos a GroWithU esteve presente na EXPO RH 2018 que teve como tema “Experience is the way”. Nestes dois dias ouviram-se testemunhos de boas práticas em formação, viram-se campanhas com impacto interno como a da Vista Alegre, ouviram-se histórias por Fernanda Freitas ou casos que nos enchem de orgulho na área do desporto como o de Gonçalo Uva com quase 100 internacionalizações.
No entanto um dos temas que mais interesse despertou e que está na hora do dia relaciona-se com a Inteligência artificial e a robotização. A Mckinsey revela num relatório que em 2030 cerca de 800 milhões de trabalhadores em todo o mundo poderão ser substituídos por robôs. A primeira questão que se põe é se estas novas “Sofias” ou robôs, chegaram para nos assustar e tirar postos de trabalho, ou se por outro lado chegaram para serem os nossos braços direitos? Depois das exposições feitas num painel intitulado “Novos habitantes do Workplace”, ficámos mais descansados. Todas estas “Sofias” precisam de ser programadas e constantemente atualizadas. Naturalmente esta análise, programação e acompanhamento será feita por pessoas e por profissões que entretanto irão surgir. Ladislau Álvares Batalha partilhou um exemplo de uma famosa cadeia de supermercados nos EUA, a Walmart que já utiliza robôs para contagem de artigos nas prateleiras. Esta introdução foi feita com um envolvimento tal dos trabalhadores que eles até viram nos robôs um apoio para tarefas mecânicas e rotinadas e ganharam tempo para tarefas que gostam mais e que acrescentam mais valor. A medicina vai ser outro sector onde a robotização terá cada vez mais impacto, mas onde será sempre necessário um médico para acrescentar valor a estas tarefas, como refere Isabel Barata da SAGE Portugal. Não há dúvida que mais cedo ou mais tarde a interação entre robôs e pessoas vai ser uma realidade e que nós iremos ter de aprender a lidar com ela. Como tudo o que é novo traz consigo algum medo e desconfiança e é nessa a fase onde nos encontramos, Miguel Perne da ABB Portugal tenta descansar o público desta conferência, afirmando que haverá sempre espaço para pessoas e espaço para robôs. É certo que novas profissões irão surgir, que os jovens de hoje nem imaginam o que poderão vir a ser e que muitas das nossas tarefas atuais passarão a ser feitas de forma automática. Se, por outro lado, pensarmos na integração profissional de pessoas com deficiência, uma das missões da GroWithU, é natural que toda esta nova era tecnológica e robótica, seja um suporte na realização de tarefas e ao mesmo tempo descanse a classe empregadora que debaixo de alguns preconceitos tende a associar baixa produtividade a este público.
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